A biota de cetáceos na costa do Estado de São Paulo passou a ser melhor conhecida na década de 1990 quando três grupos de pesquisa passaram a relatar os dados de encalhes e avistamentos. O Projeto Atlantis, no sul do Estado, o Centro de Estudos sobre Encalhes de Mamíferos Marinhos (CEEMAM) em Santos, e o SOS Mamíferos Marinhos em São Sebastião, litoral norte. Esse empenho que perdurou por cerca de 15 anos gerou a publicação mais completa e atualizada sobre esses registros para a costa paulista (ver Santos et al., 2010 na aba de "Publicações Científicas").
Com o do LABCMA em 2011 no Instituto Oceanográfico da USP, iniciou-se uma inédita frente de pesquisa na costa paulista envolvendo a realização de cruzeiros oceanográficos pelos cerca de 600 km de sua extensão. Houve apoio da FAPESP entre 2012 e 2015 (processo 11/51543-9). O projeto visou mapear a ocorrência, distribuição e os movimentos de cetáceos pela costa do Estado de São Paulo (ESP).
Um dos propósitos da condução de cruzeiros oceanográficos é identificar indivíduos de determinadas espécies de cetáceos por marcas naturais ao longo do tempo e do espaço. A ferramenta utilizada chama-se fotoidentificação. Ao subir para respirar, os cetáceos expõem a nadadeira dorsal que é a parte do corpo utilizada como cédula de identidade individual. No link a seguir você terá acesso aos catálogos de identificação individual confeccionados até o presente momento. Catálogo Photo-ID .
Parte considerável deste conhecimento foi compartilhado com a comunidade científica em artigos específicos voltados a esse público (ver a sub-aba de "Publicações Científicas" nesta mesma aba de "Pesquisa"), e em 2021 passou a figurar em capítulos do ebook "Baleias e Golfinhos do Litoral Paulista: Estórias que Contam uma Bela História" (ver a sub-aba de "Livros Gratuitos" na aba de "Extensão Cultural").
Com o enfoque em estudar cetáceos vivos a partir de 2018, novas frentes de investigação incluindo cruzeiros oceanográficos devem ser estabalecidas em breve.